terça-feira, 11 de abril de 2017

È como eu Doka Internacional sempre digo, aqui nesta terra a Justiça esta suja e podre. Precisamos de lixivia, muito detergente, sabão para o lavar.  Isto esta nojento.
E depois querem me falar de perdão, de reconciliação, mas com impunidade por tudo quanto é canto.
Engraçado e interessante isto

(RELATÓRIO DO ASSASSINATO DO PRESIDENTE NINO VIEIRA)
PARTE 1
“ ..... Inquirição de Quintino Na M’Bundé
A folha.115, disse que pertence a unidade militar da Marinha de Guerra Nacional, contudo, na altura da sua audição era Comandante de Batalhão da Guarda Presidencial.
Esclarece que saiu do Quartel da Marinha para a sua casa e nas imediações do Tribunal Militar ouviu a explosão no Estado Maior, pelo que resolveu voltar a sua unidade militar.

Dali recebeu um telefonema do então Capitão de Mar e Guerra, JOSÉ ZAMORA INDUTA, a perguntá-lo se tinha conhecimento do ocorrido no Estado Maior e este lhe ordenou para voltar a Marinha.
Quando o Zamora Induta chegou à Marinha pediu-lhe para voltarem ao Estado Maior e foi o que fizeram numa viatura dupla-cabine de marca Toyota de cor azul, pertença do Estado Maior da Marinha.

Disse que quando chegaram à estação de combustível LENOX A. LOPES, ao lado da televisão Nacional, como o Zamora estava a paisana foram barrados a passagem pela circunstância, do corpo do falecido Tagme Nawaie estar a ser transportado para a Base Aéria e que entretanto seguiram com a coluna funebre até a Base, onde souberam da morte do General Tagme.

Após a consternação do ocorrido, todos voltaram para o Estado Maior e dali é que recebeu ordens de Zamora, para voltar á Marinha de Guerra Nacional e que o esperasse ali.
Afirmou que o Zamora chegou à Marinha, e o informou que já tinha tomado a decisão com conhecimento do então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, para atacar a residência privada do Presidente Nino.

Esclarece que o Zamora ordenou que tocasse o sino de formatura e a patrulha agrupou-se, transmitiu-se as ordens do comando. Imediatamente a pé, armados e fardados dirigiram-se para o local, ou seja, a residência privada do Presidente Nino.

Disse que segundo as indicações ficaram nas traseiras da casa do Presidente Nino, aguardando a chegada de outras forças, nomeadamente, do Batalhão de Mansôa.
Foi nestas condições é que processaram o ataque à residência do Presidente Nino.
Esclarece que às 06h00 de manhã, teve a comunicação pelo telemóvel do 1º Sargento Pansau Inchama, de que o Presidente Nino foi morto e que ele por sua vez, comunicou ao seu superior hierárquico Zamora Induta, de que a missão foi cumprida. ”

...... INQUIRIÇÃO DO SENHOR ANDRE DJEDJO
“ A folha. 117 dos autos, André Djedjo, disse que estava de serviço no dia 01 de Março de 2009, na Marinha até às 19h00, altura em que ouviu o barulho da explosão ocorrido no Estado Maior.

Disse que momentos depois, chegou Zamora Induta numa dupla cabine e ordenou a formatura aonde informou que já tinha tomado a decisão com conhecimento do então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, para atacar a residência privada do Presidente Nino.

Imediatamente a pé, armados e fardados dirigiram-se para o local, ou seja, a residência privada do Presidente Nino.
Disse que segundo as indicações ficaram nas traseiras da casa do Presidente Nino, aguardando a chegada de outras forças, nomeadamente, do Batalhão de Mansôa.
Foi nestas condições é que processaram o ataque à residência do Presidente Nino.
Esclarece que as 06h00 da manhã tiveram a comunicação da morte do Presidente Nino”.

.....INQUIRIÇÃO DO SENHOR PEDRO BADJI
“ As folhas. 119 à 120 dos autos, inquirição do Senhor Pedro Badji da Marinha de Guerra Nacional, ( IDEM COM AS DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.

......INQUIRIÇÃO DO SR. SIRA NA N’PANDA
“ As folhas. 121 à 122 dos autos, inquirição do Senhor Sira Na N’panda, da Marinha de Guerra Nacional (IDEM COM AS DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.

.... INQUIRIÇÃO DO SENHOR LUÍS DJATÁ
“ A fls. 123 à 124 dos autos, declara que a missão era do então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior e foi-lhe transmitida pelo então Capitão de Mar e Guerra, José Zamora Induta (IDEM COM AS DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.


.... INQUIRIÇÃO DO SENHOR JOSÉ SAMBÚ
“ A fl. 125 dos autos, José Sana Sambú, declara que, apesar de  Estêvão Na Mena, ser chefe de Estado Maior da Armada Interino, mas quem dava ordens de facto, era o próprio Zamora Induta (IDEM COM AS DECLARAÇÕES DO SENHOR QUINTINO NA M’BUNDÉ)”.

.... INQUIRIÇÃO DO SR. JOSÉ SANA NA BIRAN
“ A fl. 126 dos autos, José Sana Na Biran, disse que estava num bar na companhia do seu primo Bitam Na Walna, quando ouviu a explosão de uma bomba no Estado Maior General das Forças Armadas.
Disse que na tentativa de se informar do ocorrido dirigiu.se ao local, mas foi barrado por um grupo de militares, pois se encontrava à paisana. Assim, sózinho pegou no seu carro pessoal e dirigiu-se à Marinha de Guerra Nacional.

Mais ou menos, à 00h00, na formatura tiveram a ordem de missão para a residência privada do Presidente Nino, respeitando a voz do comando do então Capitão de Mar e Guerra, José Zamora Induta.

A OPERAÇÃO FOI DIRIGIDA PELO CAPITÃO TENENTE QUINTINO NA M’BUNDÉ

Declara que a ordem de missão veio do então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, segundo a justificação de Zamora Induta.
Esclarece que instalaram na Metereologia, mas que não houve nenhum disparo por parte do grupo de que fazia parte. No entanto, houve disparos do outro grupo mais avançado, coordenado pelo tenente André Djedjo.
Afirma que soube da morte do Presidente Nino, por volta das 05h00 de madrugada do dia 02 de Março de 2009, tendo informado ao Capitão Tenente, Quintino Na M’bundé e este por sua vez, informou por via telemóvel a Zamora Induta, do resultado da missão”.

.... INQUIRIÇÃO DO MAJOR MARTINHO
DJATÁ
“ A fls.131 e 132 dos autos, declara que no dia 01 de Março de 2009, encontra-se no seu Quartel em Mansoa e é dali que soube da explosão ocorrida no Estado Maior. Imediatamente, ele e mais 5(cinco) colegas se mobilizaram para Bissau numa dupla cabine disponível na altura.
Disse que quando chegaram ao Estado Maior, na formatura receberam ordens e missão do então Capitão de Mar e Guerra, José Zamora Induta, que teria dito que o então Primeiro Ministro, Carlos Gomes Júnior, disse para irem executar o Presidente Nino Vieira, afirmando ainda que se este não for morto dentro de 24 horas, todas as chefias militares iriam ser presas.

Esclarece que em companhia dos colegas armados de AKM, dirigiram-se directamente à residência privada do Presidente Nino a pé, passando sucessivamente pelo bairro Pefine, Segunda Esquadra, Metereologia, Embaixada Brasil e finalmente, a frente da casa do Presidente.

Quando chegaram ali encontraram o portão principal aberto, entraram e começaram a disparar tiros sobre a porta do interior até compenetrar na sala de visita e encontraram o Presidente Nino deitado no chão do seu quarto e a mulher estava deitada debaixo da cama e que posteriormente, esta foi conduzida para a casa dos familiares.

Declara que foi nesta circunstância que o conduziram para a sala de visita para finalmente dispararem mortalmente tiros sobre ele, o Presidente Nino.

Recusa ter utilizado catanas para o efeito e não houve qualquer diálogo com o defunto Presidente Nino Vieira.
Disse que após a morte do General Tagme, quem assumiu de facto o comando das operações era Zamora Induta.

Afirma que agiu em conformidade ao comando do seu superior hierárquico e sempre foi e será assim cumprir a ordem do superior”.


....INQUIRIÇÕES DOS SENHORES BUAM NA DUM, DO 2º SARGENTO SOLNATI N’CUIA, DO JOSÉ ARIBI, DO WASSAT BESNA E DO CABO BINHA NANQUINA.A fls. 133 dos autos, fls 136,137,138,139, 141,e 142 dos autos confirmam (IDEM AS DECLARAÇÕES DE MARTINHO DJATA), a forma como o Presidente NINO fora assassinado”.

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