segunda-feira, 31 de agosto de 2015

 PARTIDO DE RENOVAÇÃO SOCIAL (PRS)

Considerando o impacto extremamente devastador que a queda do Governo teve para o Primeiro-ministro que despendeu tanto tempo a fortalecer os alicerces do seu Poder, precisamente para evitar que o Presidente da República conseguisse destituí-lo, não era difícil antever que, na qualidade de Presidente do PAIGC, o Eng.º Domingos Simões Pereira tudo faria para dificultar o entendimento entre o seu Partido e o Chefe do Estado, com o intuito de gerar uma crise política de grandes proporções, que inevitavelmente desembocaria na dissolução da Assembleia Nacional e na realização de eleições legislativas antecipadas, colocando-nos perante um emaranhado processo de negociações, visando o estabelecimento de alianças e parcerias, tendo em conta as estratégias e os interesses das Formações Políticas representadas na Assembleia Nacional.

Entretanto, o cenário de eleições legislativas antecipadas, só será possível com a conivência do Partido de Renovação Social (PRS) que, como tudo indica, não está minimamente interessado na interrupção da actual legislatura, por ser a mais bem sucedida da sua história.

Dando como certo este raciocínio, o PRS demarcar-se-á do PAIGC (considerando que a sua participação no actual Governo inclusivo não resulta de um acordo vinculativo de coligação), evoca a excelência dos interesses nacionais e desencadeia todo um processo de negociações para integrar (em condições muito mais vantajosas) o futuro Governo de Iniciativa Presidencial, encabeçada pelo PAIGC (Partido vencedor das legislativas), mais precisamente por alguém oriundo da ala dissidente do PAIGC (neste caso concreto, o Dr. Baciro Djá), estabelecendo alianças que lhe outorgam uma maioria imprescindível para assumir e exercer o Poder durante os próximos três anos.

Desta forma o PRS regressaria ao Poder sem Golpes de Estado ou outras formas de violação da Ordem Constitucional, num momento muito propício para governar e bem, na medida em que o País dispõe de todos os ingredientes necessários para qualquer Partido mostrar serviço, cultivar uma nova imagem e estabelecer novas parcerias e relações políticas e económicas, tanto no âmbito nacional, como internacional.

Há muito que estavam criadas as condições objectivas para a demissão do Governo do Eng.º Domingos Simões Pereira, que ao longo da sua curta existência, deixou um rasto horrível da sua passagem pela história da nossa jovem democracia. E os poucos que ainda continuam a defender a sua continuidade têm a sua razão e as suas motivações, derivadas sobretudo da escassez de informações precisas sobre a realidade imergida em consequência desta desastrosa desgovernação, que o Primeiro-ministro, revelando uma tendência ditatorial, dedicou quase exclusivamente ao reforço e consolidação do seu Poder Pessoal:

 a)     Excluindo dos Órgãos do Partido (Bureau Político e Comité Central) todos os militantes suspeitos de não lhe serem fiéis;

 b)     Subornando, alienando e controlando os líderes dos Órgãos Sociais do Partido (UDEMU, JAAC e CONQUATSA);

 c)      Formando um Governo Inclusivo, para afectar, silenciar, comprometer e alienar a oposição, com a finalidade de submeter ao seu controlo os Poderes Executivo e Legislativo;

 d)     Isolando/excluindo do Governo e da Direcção do Partido (em todos os níveis), todos os que não gozam da sua confiança pessoal;

 e)      Declarando uma guerra sem tréguas aos Órgãos e Instituições do Estado que se disponham a desafiar o seu instinto ditatorial, nomeadamente a Administração Presidencial, o Ministério Público e todo o sistema do Poder Judicial, a Classe Castrense, etc.

  
Considerando que o PRS não se sente na obrigação de se identificar com os cíclicos conflitos políticos derivados dos desentendimentos pós-eleitoral que caracterizam o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que têm gerado enormes problemas à nossa sociedade, na qualidade de maior Partido de oposição, baseando-se nas seguintes razões, deve naturalmente assumir-se como alternativa credível e capaz de dar seguimento ao actual exercício governativo:

 1.       O PRS (Partido de Renovação Social) é um Partido do Poder (cujo o objectivo é a conquista e o exercício do Poder Político);

 2.       O PRS dispõe de enorme potencial humano que lhe proporciona capacidades e atribui a legitimidade de reivindicar o exercício do Poder à escala nacional;

 3.       O PRS, enquanto segundo maior Partido Político da Guiné-Bissau, reclama o direito de agir em conformidade com a visão estratégica que preconiza para a Guiné-Bissau e seus legítimos interesses, consoantes com os interesses nacionais e devidamente plasmados nos seus Estatutos e Programas;

 4.       A Participação do PRS no Governo do PAIGC (Inclusivo) é voluntária, livre e motivada essencialmente pela patriótica necessidade de transmitir ao nosso povo e ao Mundo a esperançosa mensagem duma Nova Guiné-Bissau, apostada em combater definitivamente o seu passado de sofrimento, sangue e lágrimas e na afirmação da paz e da estabilidade sociopolítica e não estava ligada a nenhum compromisso eleitoral ou acordo de coligação, na medida em que o PAIGC dispunha de uma maioria parlamentar que lhe atribuía o direito constitucional de governar sozinho o País;  

 5.       A Participação do PRS no Governo do PAIGC (Inclusivo), não lhe retira a autonomia de estabelecer outras alianças e decidir por outras alternativas, tendo em conta os interesses nacionais. Neste quadro, o Partido da Renovação Social reconhece que neste momento existe um impasse institucional derivado do conflito entre o Presidente da República e o Presidente do PAIGC (ex-Primeiro-ministro), que resultou na queda do Governo e na nomeação de um novo Primeiro-ministro, pelo que, urge posicionar-se de forma a evitar o agravamento da crise imergente reforçar os alicerces e a credibilidade do Estado e assegurar o normal funcionamento das instituições, durante o estabelecido  periodo de vigência da presente legislatura;

 6.       Manifestar-se contra quaisquer possibilidades da realização de eleições legislativas antecipadas, por considerar que antagoniza com a visão estratégica que preconiza e que não oferecem soluções para ultrapassar a presente crise e pôr o País a funcionar, o Partido da Renovação Social declara-se disposto a integrar e  viabilizar o novo Governo.

VIVA O Partido da Renovação Social!

Viva o nosso Povo!

Bem-haja à todos!

EDP – para os amantes da Paz e da harmonia nacional!


Bissau Kila Muda

  





 




 








  





Desbarato das finanças públicas
Estão na pose de informações





Afirmando publicamente que o Governo não dispunha de meios financeiros para fazer face à um hipotético aumento dos salários dos Deputados, mas quando foi necessário aliená-los na sua guerra contra o Presidente da República, o Governo conseguiu arranjar meios não só para aumentar os salários







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