domingo, 28 de junho de 2015

RATAZANAS, TADJA-PANHA...

Actualizado às 18:50 horas

A história política da nossa terra, ensinou-nos muita coisa. É verdade que ninguém melhor que nós guineenses, sabe como as lagartixas em política viram jacarés. Na minha humilde opinião, a técnica de "fruta podre ninguém precisa derrubar cai sozinha", não pega, visto que nessas condições a fruta apenas serviria para o banquete dos porcos.  

Está mais que visto o facto de que - consciente do seu pecado original - a estratégia de Nhu Morgado Pedro Té, visa ganhar tempo e arrastar para o abismo os seus adversários políticos, sobretudo, a  Presidência da República. 

As historietas de legitimação governativa pela Mesa Redonda de Bruxelas, são para o boi dormir. Recorda-se que foi justamente em condições de "desentendimento institucional" que o país foi bafejado com tais promessas. 

A Guiné-Bissau, sendo um país democrático, não pode continuar a ser o único no mundo onde a mudança de governo significa guerra ou assassinato de dirigentes políticos. Não se pode arrastar essa situação de desrespeito institucional por parte Primeiro-Ministro para com o Presidência da República, por muito mais tempo. 

Inclusive, na nossa sub-região, já perdemos a conta de quantos chefes de governo, por exemplo, o Presidente do Senegal, Macky Sall, não terá demitido, sem que isso se transformasse em bicho de sete cabeças para a economia e para o desenvolvimento do seu país? 

Agora, na Guiné-Bissau, com um governo podre de ministros corruptos, arguidos com processo crime, ainda se arroga da falta de lealdade e cooperação institucional, sistemática, para com o supremo magistrado da nação. 

Como atrás referia, a história parece repete-se. E tudo isto revela uma flagrante falta de preparação e de educação política por parte do actual chefe de governo de ratazanas. Tem revelado incapaz de distinguir as relações pessoais entre ele e José Mário Vaz, das relações político-institucionais entre a Primatura e a Presidência da República. Em outros tempos, também, as divergências palacianas (entre Nino Vieira e Carlos Gomes Júnior), resultaram no episódio de 1 de Outubro de 2005, na tomada de posse de Nino Vieira, em que o então Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior, de uma forma premeditada,  resolveu, no momento solene desobedecer o ritual de tomar sentido em pé. Portanto, posso dizer-vos que há sinais que indicam que estamos, de novo, a trilhar caminhos que podem desembocar, perigosamente, em actos criminosos e condenáveis. 

Caros compatriotas, de repente, Bissau, hoje, ficou repleta de tocas de ratazanas, fugindo à Justiça. Até a EuroAtlantic faz esse papel, virou toca de governantes ratazanas. Mas, continuamos a avisar que é ilusório pensar que já foram esquecidas as velhas e modernas técnicas de caçar ratazanas. 

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