sexta-feira, 19 de junho de 2015

NOVO EMBAIXADOR ANGOLANO



Pedreiros angolanos fardados
Chama-se Daniel António Rosa. O embaixador angolano entregou esta quarta-feira  (dia 17 de Junho) as Cartas Credenciais que o acreditam como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angola junto das Autoridades Guineenses. Em declarações aos jornalistas, Daniel António Rosa disse que todo o trabalho vai centrar-se no "reatamento" da cooperação entre os dois países. Mas, acrescentou: "Angola nunca deixou, nunca abandonou a Guiné-Bissau. Até porque não houve qualquer tipo de corte de relações." Então, em quê que ficamos? O que nós sabemos nas relações sociais, apenas se reatam partes separadas ou desavindas. E se a preferência diplomática fosse, por exemplo, pela palavra mais suave como "separação", evitando o termo "corte de relações" - que não deixa de ser um acto diplomático mais grave e pública - nenhum desses termos deixa de indicar, na verdade, o resfriamento de relações entre as partes (Guiné-Bissau e Angola). 

Recorda-se que as Forças Armadas de Angola, depois da sublevação militar de 1 de Abril de 2010, que culminou com a destituição do vice-CEMGFA, Zamora Induta, fora requisitada por Nhu Charles Júnior para servir de "Cavalo de Tróia" para sua eleição para o cargo de Presidente da República na Guiné-Bissau. Os militares angolanos eram mascarados de "pedreiros" e os seus materiais bélicos serviam de betoneira para fabricar betão, afim de reparar os quartéis. 

O respeito dos povos é recíproco. O povo guineense - incluindo o PAIGC - respeita o povo angolano tendo inclusivamente contribuído para a sua libertação do jugo estrangeiro. Em contrapartida, por parte de Angola, até agora nada. Apenas missões dúbias com objectivos particulares em detrimento de objectivos colectivos, de Estado-Estado.

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