domingo, 24 de agosto de 2014

Alho com Bugalho

Li um comentário no Blog do Doka e também no Intelectuais Balantas Na Diásporas, a preocupação do nosso irmão Ndji Assanam. Eu acredito que ele veio no sentido de defender as criticas divulgadas esta semana sobre a decisão do presidente da república José Mario Vaz sobre Quota Étnica. Na verdade o artigo foi editado pelo “Jornal Odemocrata” e reeditado no blog Intelectuais Balantas Na diáspora.

A preocupação do Ndji Assanam vem nos moldes dos comentários preferidos por alguns guineenses desde criação do referindo blog, que até mereceu uma reflexão do nosso irmão Filomeno Pina que nos brindou com belíssimo artigo.

 

Mas é verdade que nosso irmão Dji Assanam não foi feliz no seu comentário, porque estas questões colocadas por ele, no caso: criar um bloq se autodenominando Intelectuais Balantas na Diáspora, também não é uma manifestação explicita de tribalismo? Não é criar divisionismo no seio dos guineenses? Afinal, esses senhores têm bilhete de identidade balanta? 

 

Digo que ele(a) não foi feliz por seguintes razões:

1)      Discutir uma decisão do Presidente da Republica é muito diferente em discutir a questão de simples cidadão que decide criar sua empresa e colocar um nome a qual ele prefere;

2)      Presidente da Republica é uma figura publica que representa o país em todos vertentes e a decisão tomado por ele com base no decreto, ou seja, o que for...nos afetam, no sentido de que deve ser cumprida, mas a do cidadão não;

3)      Nos diplomas que regula abertura de uma empresa não restringe o tipo de nome que o proprietário quer atribuir a sua empresa, por isso existem nomes que refere desde nosso país, nosso pai, avô, esposa etnia etc. exemplo do Brasil há lojas com nomes como: CASAS BAHIAS, LOJAS PERNANBUCANAS, LOJAS GAÚJAS, mas isso não é motivo de promover tribalismo entre estas regiões, muito pelo contrário é homenagem ao que a pessoa pertence.  Ninguém é obrigado a aderir se não gostar ou comprar nestas lojas, mas a decisão presidencial é a lei e todos são obrigados a cumprir.

 

Eu acredito que o debate neste sentido deve ser independente e com espírito de cidadania, sem tentarmos defender este ou aquele.  Porque o país nos pertence a todos, e todos nós temos direito de concordar ou não com alguma decisão, mas sempre com base nos instrumentos que nos guiam.

 

Preocupa-me com alguns cidadãos que se escondem no ANONIMATO ou PSEUDÔNIMO para ofender ou simplesmente opinar o que pensam. Acredito que é desrespeito àqueles que dedicam seu tempo na promoção de bom debate para construção do nosso país. Vale apena acreditarmos nas nossas instituições mesmo ainda com algumas falhas, acreditar no sentido de que estão para resolverem os nossos eventuais diferenças.

 


Abraço a todos

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