terça-feira, 27 de maio de 2014

BODE EXPIATÓRIO DO PAIGC


Ter “sentido de Estado” significa ter uma visão não apenas em função da espectativa do cidadão, enquanto membro da comunidade política,  ver seus interesses individuais, particulares ou corporativos salvaguardados, mas também em função daquilo que lhe parece ser melhor para “o todo nacional”, acima de tudo, um dever que configura uma visão humanista de toda comunidade política nacional.

Ora, “sentido de Estado” sendo uma virtude do ser humano em sociedade,  presume-se que não seja um predicado característico a certos indivíduos ou grupos. Na nossa terra o “vigor pátrio” parece ter ganho outro matiz. Na nossa terra parece vigorar a distinção entre filhos legítimos e bastardos. Os militantes e líderes políticos do PAIGC parecem ser os únicos dotados da ideia de vigor coletivo. E que o resto seriam apenas dramas étnicos e tribais. Parece até um país a “domesticar”. 
Como se não vivêssemos em África e que fossemos todos descendentes de Afonso Henriques que se revoltou contra a sua própria mãe, D. Teresa, derrubando-a na batalha de São Mamede, em Guimarães.

Há, na minha terra, um provérbio em crioulo que, traduzido, diz: “sempre que o macaco não alcança a farroba diz que não presta”. Encaixa-se bem na astúcia do PAIGC,  que sempre que perca o controle do poder político (e militar), lança-se na procura de bode expiatório para lhe atirar com anátema de divisionismo  tribalista. 

Engendrou rumores, tentando fomentar discórdia no sei do nosso povo no tempo do Presidente Kumba Yala. Quando Zamora Induta foi destituído do cargo de CEMGFA o governo de Cadogo Jr. Chamou as forças angolanas para “destribalizar” o nosso exercito. 

Com o derrube do mesmo, a ala cadogista protagonizou uma campanha xenófoba e de incitação ao ódio contra os balantas, e que, felizmente, só teve eco em meios “saudosistas”, dos que sempre olharam para o continente africano à sua imagem e semelhança. 

O drama e intimidação tribalista tem sido, também, o mote da campanha do PAIGC, nesta campanha eleitoral, como forma de justificar os seus quarenta anos de desgovernação do nosso país. Ramos-Horta e Companhia Lda., ter-se-ão servido do embuste para se interferir, direta e indiretamente, no processo eleitoral, para, em detrimento do candidato Nuno Gomes Nabiam, favorecer, fraudulentamente e entregar a vitória a José Mário Vaz, como se o seu joguete não tivesse também origem étnica. 

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