quinta-feira, 24 de abril de 2014

A UTOPIA DE RAMOS-HORTA


Ele fez tudo na “secretaria” para que seja o PAIGC a liderar o novo governo “inclusivista” na Guiné-Bissau. Muito embora reconheça a dificuldade da sua concretização, delega a responsabilidade aos guineenses de trabalhar para construir essa sua utopia, chamada “governo mais inclusivo possível”. Não se pode braquear as lógicas que movem as diferentes correntes de opinião na Guiné-Bissau. O moço de recados da CPLP, Domingos Simões Pereira,  e a oposição, por exemplo, não partilham a mesma opinião em relação a reforma no setor da defesa  e segurança. O  atual Presidente do PAIGC já lançou o aviso de que vai endireitar os militares. O outro tema fraturante será a questão do julgamento do duplo assassinato de Nino Vieira e Tagme Na Waie. A corrente de apoiantes tanto de Domingos Simões Pereira como de José Mário Vaz não se identificam com esta iniciativa.  Por isso, no nosso entender, Ramos-Horta, pode continuar a pregar no deserto, porque para que haja mesmo “inclusão política” na Guiné-Bissau, a oposição terá que assumir a pasta de vice-Primeiro-ministro do futuro governo.

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