segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fernando Casimiro (Didinho)Por sermos um povo atrasado (os índices de desenvolvimento confirmam esta realidade) e ainda que tenhamos orgulho das (nossas) poucas individualidades nacionais com estatuto e referência, mundiais, reconhecemos as limitações do colectivo definido como povo guineense e, por isso, estamos disponíveis a aprender com todos os povos que nos possam e queiram ensinar algo que não esteja ao nosso alcance, que não seja do nosso nível, não por sermos incapazes, mas por não nos ter sido permitido aprender devidamente, quer no tempo, quer no espaço...

A luta de libertação nacional teve no kriol, o seu principal elo de ligação, o maior fio condutor quer na utilização directa quer indirecta, via transmissão/tradução para todos os dialectos das diversas etnias nacionais e vice-versa, consoante as dificuldades de comunicação entre os combatentes. Não foi a língua portuguesa, ainda que, reconhecidamente um dos factores consequentes do surgimento do kriol, em circunstância alguma (por razões óbvias: sociais e culturais, em presença) o elo de ligação de guineenses e caboverdianos na luta de libertação nacional contra o colonialismo português, mas sim, o kriol!

Amilcar Cabral, durante a luta de libertação nacional, usou a língua portuguesa nas suas intervenções para chegar ao regime colonial, aos seus representantes e mandatados, assim como usou frequentemente a língua francesa (e não a língua portuguesa) para se fazer ouvir no mundo e nos palcos internacionais onde era convidado e orador, mas era o kriol que usava para comunicar com o seu/nosso povo...

O tempo, na constatação da realidade de então, registava uma taxa de iliteracia quase absoluta e o kriol, mesmo não sendo uma língua estruturada, apenas precisava da oralidade, ou seja, de ser falado, pois era apreendido através da socialização, no convívio das famílias, com maior ou menor profundidade, contrariamente à língua portuguesa, que não estava ao alcance de nenhum processo de socialização, isto na ex- Guiné-Portuguesa, que não era tida como colónia de povoamento... Didinho 17.06.2013 BREVEMENTE A LÍNGUA, ENTRE A NACIONAL E A OFICIAL. DA CULTURA À IDENTIDADE; DA SOBERANIA DO ESTADO À URGENTE NECESSIDADE DE UMA INTEGRAÇÃO REGIONAL PLENA E A CONSEQUENTE AFIRMAÇÃO DA GUINÉ-BISSAU NAS COMUNIDADES ONDE ESTÁ INSERIDA!

APRESENTAÇÃO DE LIVROS_POLON MALGOS&FINHANI




Não me limito a fazer só a minha parte! Tento, igualmente, incentivar cada um a fazer a sua, em função da sua consciência, compromisso e responsabilidade para com o país e o Mundo. A SOLIDARIEDADE é um gesto nobre, o maior e o mais sentido! A INDIFERENÇA contraria o espírito e o conceito de SOLIDARIEDADE, por isso, sou contra a INDIFERENÇA e lamento pelos INDIFERENTES! Por nós próprios, porque ninguém vive sozinho neste mundo, sejamos SOLIDÁRIOS! Fernando Casimiro (Didinho)

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